Nem todos estão satisfeitos com final da sexta temporada da série. Fãs e críticos dividem-se entre reações positivas e negativas. Para os guionistas, o objetivo foi cumprido

Vamos por partes. Para começar, é preciso saber que agora só no próximo mês de outubro, mais especificamente no dia 9 (nos EUA, dia 10 no nosso país), é que os seguidores da história de sobrevivência - e de mortos-vivos - vão ficar a saber o destino do grupo liderado por Rick Grimes (Andrew Lincoln). É para essa data que está agendado o regresso dos novos episódios. A espera que se avizinha fez a Vanity Fair resumir o fim do sexto ano como angustiante. "Sente-se frustrado e desesperado com este final? Ótimo. Era exatamente isso que os autores e atores queriam", escreve a publicação norte-americana.
Igual reação tiveram os espectadores. "Fazer-nos esperar pela próxima temporada é cruel e um castigo invulgar" ou "estou a tremer de frustração" foram comentários que encheram as redes sociais.
O desfecho também apanhou o elenco de atores de surpresa. Tudo porque desde novembro do ano passado, altura em que foi anunciada a chegada da personagem de Negan (Jeffrey Dean Morgan) à trama, que aqueles que seguem The Walking Dead questionavam quem seria a primeira vítima do vilão. Passaram-se cinco meses desde então. E a resposta não foi dada. Será, na melhor das hipóteses, dentro de sete, aquando do regresso da série à Fox.
O próprio elenco de atores vai ter de esperar, como explicou Lincoln, admitindo que quando leu o guião do último episódio - curiosamente intitulado "O Último Dia na Terra" - se sentiu "zangado e, depois, como se tivesse ficado doente". "Senti-me enjoado. Senti-me frustrado e todo esse género de coisas e é exatamente isso que também espero que o público tenha sentido", sublinhou. Já Ross Marquand, intérprete da personagem Aaron - um dos potenciais alvos de Negan -, optou por esperar a transmissão televisiva para referir, através das redes sociais, que também estava exacerbado. "Sou um fã da série desde que se estreou [em 2010] e eu próprio ando a especular sobre onde é que isto vai parar."
Norman Reedus não foi exceção à regra. "Depois de ver este episódio fiquei sem conseguir falar durante cerca de uma hora (...) Foi um final muito, mas mesmo muito duro."
O produtor executivo, David Alpert, já tinha alertado para o empolgamento que o momento iria encerrar. "Estou deliciado só de pensar em ver os rostos horrorizados dos meus amigos no escritório, porque as pessoas vão perder a cabeça. Esse episódio vai ser viral na internet. Eu sugiro fraldas e lenços [para o ver]", afirmou.
O suspense não agradou, no entanto, nem a todos os espectadores - que no Twitter mostraram a sua revolta com a hashtag #Fuck-youTWD ("vão-se lixar", em tradução livre e ligeira) - nem a todos os críticos. Alan Sepinwall, do site especializado em notícias de entretenimento HitFix, chamou o episódio final de "estupidamente ridículo" e anunciou que vai deixar de ver e de escrever sobre The Walking Dead. Todd VanDerWerff (da plataforma Vox) acredita que os argumentistas da série insultaram os fãs ao fazê-los esperar para nada. David Sims (da The Atlantic) sentiu-se humilhado.
Nos Estados Unidos foram 12 milhões os espectadores que assistiram a este "até outubro". E, se os argumentistas quiseram colocar a trama nas bocas do mundo, conseguiram. Resta saber, frisa a Rolling Stone, o resultado da ousadia. Isto porque se os escritores não param de "brincar com os fãs", escreve a revista, então, em última análise, o interesse pela identidade de quem foi morto neste episódio pode não ser suficiente para levar os espectadores a sintonizar o canal [AMC] e assistir à próxima temporada.
Fonte: DN
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